12/10/2010

Um novo recomeçar

Após ter realizado uma retrospectiva reflexiva de todas as postagens feitas no blog ao longo do curso, agora é momento final de fazer considerações em relação a tudo que vivenciei durante os quatros anos e meio como aluna e professora.
As postagens realizadas mostram cada momento de angústia, desafio e de alegrias que vivenciei durante toda a trajetória do PEAD.
Precisei superar diversos desafios ao longo dessa caminhada. O desafio inicial foi superar as dificuldades em dominar as tecnologias, que eu não tinha nenhum conhecimento, já que o curso ocorreu em sua maior parte virtualmente e a distância.
Não sabia e nem ao menos tinha idéia do que era um Blog, Wiki, Rooda..., de repente me deparei com tudo isso, inicialmente foi um caos total, mas graças a paciência das professoras e tutoras que nos deram todo o apoio e suporte, consegui vencer esse desafio.
Jamais pensei em trabalhar com o uso das tecnologias, mas como “as coisas mudam de lugar e as pessoas se modificam”, aqui estou trabalhando como coordenadora do ambiente informatizado da escola em que atuo e defendendo o meu TCC que aborda o tema “o ambiente informatizado como meio para desenvolver a autonomia nos alunos”.
Outro desafio sem dúvida foi organizar meu tempo e minha rotina parar conciliar os estudos, que exigiam dedicação.
Aos poucos fui me adaptando à nova vida de estudante e tudo se organizou.
Nosso curso foi único, teve todo um olhar diferenciado, onde tudo foi de qualidade, bem planejado, os professores estavam sempre presentes mesmo que a distância, atentos as nossas aprendizagens, sabiam realmente os avanços e as dificuldades de cada um.
Tanto para nós alunas-educadoras o curso também foi um desafio para a própria UFRGS, que tinha a necessidade de formar profissionais qualificados em uma modalidade EAD, desvinculando a idéia de que curso a distancia é barbada, onde não precisa muito esforço, fomos a prova bem contrária desse pensamento, precisou haver um grande empenho, comprometimento e muito estudo para chegarmos a reta final.
Outro aspecto relevante em nossa aprendizagem é que todas as teorias estudadas ao longo do curso foram aliadas a nossa prática docente. Houve uma grande preocupação com relação a interdisciplinariedade, onde cada eixo abordou assuntos que se complementavam um reforçando o outro.
Hoje me sinto outra pessoa, mais confiante, aprendi com tudo que vivenciei ao longo do PEAD, sou uma nova educadora, tenho um novo olhar sobre educação, tive a oportunidade e o privilégio de ter um ensino de qualidade, pude experimentar práticas inovadoras, que só me acrescentaram profissionalmente, com isso meus alunos se tornaram mais autônomos, onde o diálogo e a afetividade permeiam em minhas aulas, fazendo com que a relação de aluno X professor fique mais próxima.
Vou sentir saudades das “broncas” da professora Bea que na verdade era uma maneira de nos sacudir e de motivar, também daquela energia positiva e alto astral que só ela tem. Saudades... Da calma e sabedoria da professora Irís que sempre foi incansável, foi meu porto seguro. Saudades das palavras amigas das tutoras...
Enfim, muito obrigada!

11/25/2010

Eixo VIII

O eixo VIII foi marcado pelo nosso estágio, momento que precisávamos reunir todas as aprendizagens ao longo do curso e colocá-las em prática.
Momento este marcado inicialmente por dúvidas, medos e angustias, afinal todos éramos educadores e estávamos enfrentando mais uma vez um estágio. Porém esse seria bem diferente daquele que vivenciamos durante o curso do magistério, agora não precisamos dar conta do “domínio” de classe, nosso foco era dar conta de ousar, inovar nossa prática.
Nossos medos e angustias era em relação a proposta de trabalho, se realmente daria certo, desde o início do curso a proposta era relacionar a teoria estudada com nossa prática, mas o estágio era o desafio concreto dessa relação.
Foi um tanto difícil, desconstruir e reconstruir muitos conceitos que realizamos em nossa prática docente, mesmo acontecendo ao longo de nossa trajetória durante o curso.
Muitas coisas que estavam acomodadas e outras adormecidas vieram a tona, difícil deixar certos hábitos no qual estávamos acostumados por muitos anos, passar de professor transmissor de conhecimentos a professor mediador das construções dos alunos.
Minhas reflexões durante o estágio demonstravam os resultados da minha prática, as conquistas e construções dos alunos, que também foram desafiados a uma nova proposta de trabalho. Antes éramos acostumados a utilizar o computador apenas como reforço de atividades, passaram assim a serem autores de suas produções e aprendizagens.
Esse momento também ficou marcado por muitas leituras, planejamentos, anotações e reflexões diárias sobre a prática.
Através das minhas observações, com o passar dos dias, percebia o que estava dando certo e o que ainda precisava rever, me sentia mais tranqüila e certa de que estava no caminho correto.
Inicialmente tudo que novo causa efeitos, inclusive espantos e certas desacomodações, com o decorrer do estágio tudo foi se adaptando, os alunos vibravam a cada aula, nossas trocas de conhecimentos eram incessantes, construimos em elo muito grande de amizades, de diálogo e também de confiança. Para mim foi um período de superação, já que precisava dar conta de contemplar os interesses de todos os alunos do turno da tarde no ambiente informatizado.

11/18/2010

Experiência do feijão




Gostei muito de realizar a velha experiência do feijão proposto na Interdisciplina de Ciências, agora sob um novo olhar mais crítico essa experiência se tornou inovadora. Antes a experiência era feita de maneira simples, apenas se observava as etapas do desenvolvimento do feijão, agora comecei a questionar minhas alunas, fazendo com que elas em suas observações levantassem hipóteses, partindo do conhecimento prévio, despertando a curiosidade, buscando diversas alternativas para responderem a essas questões, onde elas sintam-se desafiadas, possibilitando a interação e construção de novos conhecimentos. Onde as anotações realizadas servem também para trabalhar com a produção textual, noções de medidas, etc.

11/14/2010

Eixo VII

Relendo minhas postagens do eixo VII, as interdisciplinas de Libras e do EJA foram as que mais chamaram minha atenção, estava muito curiosa e ao mesmo tempo motivada, tudo era novidade, pois não faziam parte do meu cotidiano como educadora.
Apesar de o tempo ser curtinho, a interdisciplina de libras veio esclarecer alguns mitos, por exemplo, libras é uma língua e não apenas uma linguagem.
Lembro também o quanto foi difícil traduzir o vídeo gravado pela professora em libras, passando horas em frente ao computador até conseguir realizar o trabalho. Essa dificuldade ocorreu por eu não ter nenhum conhecimento dos códigos em libras anteriormente.
Tivemos a oportunidade de assistir o filme “Meu nome é Jonas”, e perceber o quanto é difícil para um deficiente auditivo se comunicar com pessoas que não entendem a língua dos sinais, sem contar a discriminação que sofrem.
A língua dos sinais é tão importante e não é valorizada, acredito que assim como o inglês é obrigatório no currículo escolar, libras também deveria ser, a cada dia que passa nos deparamos mais com pessoas surdas, é muito difícil a comunicação por não termos conhecimento da língua.
Na interdisciplina do EJA pude ler muito sobre o assunto, inclusive ter contato com pessoas que estudam na EJA por intermédio da observação e pesquisa que realizamos para construirmos um banner.
Foi muito interessante assistir uma aula do EJA, os alunos adultos têm dificuldades semelhantes as crianças em seu processo ensino e aprendizagem, porém são pessoas que muitas vezes por diversos motivos precisaram abandonar seus estudos, ou por terem quando crianças alto índice de repetência, levando assim a evasão escolar.
Durante a observação que fiz, o que mais marcou foi a força de vontade que os alunos adultos têm, em sua grande maioria são trabalhadores que vem para a escola cansados depois de um dia de trabalho. São pessoas com muita garra que querem evoluir, que se sentem valorizados quando o professor dá incentivos e acredita no seu potencial, melhorando inclusive a auto-estima dos mesmos.
Após ter feito a observação na EJA, conversei com meus alunos perguntando se conheciam pessoas ou tinham familiares que estudavam nessa modalidade, muitos responderam que sim, inclusive os alunos da 4ª série relataram que auxiliavam os pais muitas vezes na realização de algumas atividades, sobre os assuntos que já estudaram ou que estão estudando.
Para mim como estudante esse contato com uma classe da EJA foi muito importante, pois nunca tive essa oportunidade antes, apenas já tinha feito leituras sobre o assunto, assim fiz a relação da teoria com a prática.

11/07/2010

O papel do professor.

Nesse semestre as interdisciplinas estudadas foram:
  • Didática, Planejamento e Avaliação
  • Educação de Jovens e Adultos no Brasil
  • Linguagem Brasileira de Sinais- Libras
  • Linguagem e Educação
  • Seminário Integrador VII

Fazendo uma releitura das postagens do eixo VII observei que o grande enfoque foi a importância do papel do professor com relação ao ensino-aprendizagem dos alunos.
As interdisciplinas nos levaram a uma reflexão de como o professor pode influenciar e contribuir na formação dos educandos, não há como não deixar marcas, podendo elas ser positivas ou negativas.
Precisamos ouvir nossos alunos, saber o que realmente cada um traz em sua bagagem de conhecimentos.
Esses conhecimentos que os alunos trazem para a escola precisam ser levados em consideração, acredito que este é o grande ponto de partida, poder trabalhar com os interesses, torna a aula muito mais agradável, sem contar que o aluno acaba se sentindo mais valorizado, permitindo assim que desenvolva sua autonomia e criticidade na construção de sua aprendizagem.
Durante o semestre também tivemos a oportunidade de fazer uma retrospectiva da educação, de como ela acontecia no século passado até os dias atuais.
Eu como professora também pude fazer uma retrospectiva na minha prática pedagógica desde o início da carreira em 1998 até os dias atuais.
Ao ingressar na universidade é que realmente começaram a acontecer as mudanças, quanto mais estudava e lia, mais refletia de que algo precisava ser mudado em minha prática docente.
Comecei então a oportunizar meus alunos a falar e aos poucos fomos trabalhando a partir de seus próprios interesses determinados assuntos nas aulas levando em consideração seus conhecimentos, também eram provocados através de questionamentos e situações desafios, possibilitando a construção de suas aprendizagens.
Percebi como minhas aulas estavam mais atraentes, meus alunos participavam ativamente, inclusive nossos assuntos se estendiam até os familiares, que davam suas contribuições.
Ficando assim evidente que o professor é um mediador e não um transmissor de conhecimento, pude assim comprovar que o nosso papel de educador é fundamental na formação dos alunos, temos em nossas mãos a responsabilidade de formar cidadãos críticos, capazes de pensar e agir com autonomia.

10/26/2010

Da teoria a prática.

Eixo VI
Nesse semestre na Interdisciplina Seminário Integrador trabalhamos com a construção de um novo PA, onde os erros que cometemos no PA inicial serviram como base para a construção do segundo PA assim aprendemos com os nossos próprios erros.
Tivemos a oportunidade de fazer uma análise critica, observando os pontos positivos e negativos. O primeiro PA foi construído a partir do interesse comum dos participantes, já o segundo o critério usado foi à afinidade.
A Interdisciplina de Filosofia abordou através das leituras realizadas a concepção de certo e errado, onde o que pode ser certo para alguns é errado para outros, cada pessoa possui um ponto de vista diferente, fruto da educação, da cultura e crenças. Esses estudos mostram como o professor tem um papel fundamental na formação dos alunos, pois lidamos com várias culturas, onde precisamos manter um posicionamento imparcial em muitos momentos para não corrermos o risco de acabar fazendo julgamentos indevidos.
A Interdisciplina de Psicologia nos levou a compreender melhor o pensamento e ações de nossos alunos, de acordo com os estudos de Piaget sobre a psicogênese e o método clínico, a partir das fases do desenvolvimento da criança.
A Interdisciplina de Questões Étnicos Raciais nos proporcionou trabalhar em sala de aula com nossos alunos as raízes familiares, através de uma forma abrangente e muito simples, fazendo com que cada um valorizasse seus antepassados, principalmente a cultura que herdamos.
Mostrou como abordar as questões étnico-raciais, que são asseguradas por lei, de uma maneira bem prática, respeitando e valorizando todas as raças. Trabalhei esse assunto de uma forma lúdica, onde os alunos se identificavam nas histórias infantis, como “Menina Bonita do Laço de Fita”.
A Interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais abordou mais a parte da legislação que garante o atendimento a pessoas com necessidades especiais. Realizei um estudo de caso com um aluno portador de deficiência física, as informações que obtive foram através da professora, já que os contatos com os familiares foram poucos.

10/21/2010

Eixo V- Projetos de Aprendizagem

Eixo V- Projetos de Aprendizagem

Nesse semestre trabalhamos com os Projetos de Aprendizagem, mais conhecidos como PA.
Como nosso curso de Pedagogia é a distância, foi preciso construir um PA, onde os contatos entre os integrantes do grupo aconteciam virtualmente, trabalhamos de forma cooperativa, onde os registros aconteceram em um Wiki.
A proposta maior foi nos fazer experimentar os PA, para que nos futuros semestres pudéssemos realizar essa prática também com nossos alunos.
Além de ter trabalhado com Projetos de Aprendizagem durante o curso de graduação, certamente levarei essa experiência maravilhosa que tem como objetivo principal desafiar os alunos trabalhando com questões que partem da curiosidade dos mesmos.
Através do trabalho com os Projetos de Aprendizagem tive a oportunidade de ouvir bem mais meus alunos, gerando assim um clima maior de diálogo.