4/27/2009

O dilema do antropólogo francês

O dilema do antropólogo francês

Claude Lee, antropólogo francês, acaba de chegar numa ilha de um arquipélago na Polinésia. Sua missão é pesquisar os hábitos dos nativos que lá habitam. Os costumes dos nativos são bastante diferentes dos costumes dos franceses, mas ele tem o cuidado de não julgar o modo como estes nativos vivem, porque tal avaliação sempre seria parcial. Como poderíamos abstrair sinceramente a concepção de mundo que herdamos da nossa cultura e avaliar imparcialmente todas as culturas?
O antropólogo tem ainda outro argumento: qual seria a medida pela qual julgaríamos as culturas? Existem quesitos transculturais que nos permitem avaliar toda e qualquer cultura? A reposta do antropólogo é não: toda avaliação está condicionada pela cultura do avaliador.
Assim, Claude decidiu jamais interferir no modo de vida dos habitantes do arquipélago. Estes, contudo, possuem uma crença que testa a determinação do antropólogo: os nativos acreditam que os mensageiros dos deuses são homens de pele branca, seres que expressam a vontade absoluta dos deuses – tudo o que disserem deverá ser obedecido. O teste ocorre na pergunta que eles lhe fazem: “você tem a pele branca, então você é um mensageiros dos deuses, ou as nossas crenças estão erradas?”
O antropólogo, fiel aos seus princípios, mente: “sim, eu sou o mensageiro dos deuses”. Mas então surge uma pergunta ainda mais difícil: “todos os homens brancos são mensageiros dos deuses, ou as nossas crenças estão erradas?”
Claude reflete: se responder positivamente estará deixando os nativos vulneráveis aos seus conterrâneos inescrupulosos que fatalmente descobrirão a ilha. Mesmo assim, responde de acordo com a cultura dos nativos: “sim, todos os homens brancos são mensageiros dos deuses”.

Análise sobre o "O dilema do antropólogo francês"

Acredito que o antropólogo está fazendo o papel de pesquisador, sendo assim como observador ele não deve e nem pode interferir, pois se deixasse prevalecer seu posicionamento pessoal, perderia a neutralidade necessária ao pesquisador para um resultado imparcial.
O antropólogo não está fazendo juízo de valores, concepção de mentira ou verdade tem haver com a cultura, com a crença, pois o que para muitos é extremamente verdadeiro, para outros povos, nada disso passa de uma ilusão, uma mentira.
Em nenhum momento a cultura do antropólogo vai contra a cultura local, mesmo ele sendo um elemento estranho a tal civilização, acabou não criando nenhum julgamento cultural sobre a mesma.

4/21/2009

Mosaico Étnico-Racial


Os alunos da turma do 1°ano confeccionaram um painel com um mosaico étnico-racial, com fotografias de seus familiares, resgatando suas origens. E um outro apenas com gravuras de revistas para que esse fosse fotografado e anexado ao meu trabalho na interdisciplina de Étnico-Raciais.
Essa experiência foi muito válida, observei grande integração da turma na busca em descobrir suas origens antepassadas.
Inclusive criamos uma árvore genealógica da turma com suas origens raciais.
As crianças fizeram pesquisas com avós e bisavós sobre alguns costumes e comidas típicas de suas origens.
Foi feita na escola uma exposição com o painel chamado "Minhas Origens", onde os alunos explicaram como realizaram o trabalho.
A partir da criação do painel os alunos conseguiram visualizar suas características físicas, suas semelhanças com os seus familiares e suas raízes.

4/03/2009

Deficiência física não é sinônimo de incapacidade.

Quinta-feira à tarde (02/04) foi realizado um passeio com os alunos da escola ao SESI- Rubem Berta, neste local os mesmos puderam usufruir dos brinquedos infláveis e também assistir a apresentação de um palhaço.
Este ano em nossa escola temos um aluno no 1º Ano com deficiência física na região das pernas, ele nasceu com essa deficiência devido a problemas que a sua mãe teve durante a gestação.
O menino se locomove com bastante dificuldade em pequenos ambientes. Tendo em vista que ele já realizou diversas cirurgias, também faz uso de fraldas, pois tem problemas de incontinência.
Para percorrer uma determinada distância utiliza uma cadeira de rodas.
Ele quis participar do passeio, foi incrível, brincou em todos os brinquedos, apesar de suas limitações, subia as escadas do tobogã e descia escorregando normalmente.
Sentiu-se realizado no momento em que o monitor da cama elástica deixou ele brincar sozinho, ele pulava de barriga, de lado e de costas.
Realmente a cada vez que subia e participava de um brinquedo diferente ficava super feliz, sorrindo o tempo todo.
Esse aluno mostrou mais uma vez que deficiência física não é sinônimo de incapacidade e de infelicidade.
Incapaz foi o pai do menino que quando soube do problema do filho abandonou a mãe e ele recém nascido.

Projeto de Aprendizagem

Após a aula presencial ficou claro para mim o que é um projeto de aprendizagem.
Antes tinha dúvidas se realmente estava percorrendo o caminho certo. Era tudo muito confuso, principalmente por ser a distância.
Também senti que é bastante complicado avaliar um projeto, pois quem está de fora às vezes não tem noção do que realmente as pessoas estão querendo nos dizer. Sendo que podemos fazer críticas no sentido de acrescentar e não de julgar. Pois para quem está desenvolvendo o projeto parece que tudo é muito óbvio, deixando de lado coisas bem interessantes que poderiam ser mais exploradas, somente conseguimos perceber isso quando estamos no lugar de leitor.